sábado, 24 de novembro de 2012

Um testemunho de um ex-ateu...

Testemunho recebido por e-mail.


 O meu nome é Dmitri ………., tenho 20 anos e nasci na Ucrânia.
Vim para Portugal com dez anos. Os meus pais e os meus avós sempre foram ateus. Apenas a minha avó paterna, que nasceu em Leninegrado, teve algum contacto com a religião. Embora adore minha avó, infelizmente convivi muito pouco com ela.

Quando cheguei a Portugal entrei para a escola EB 2,3 ……………. Aí, pela primeira vez tive contacto com colegas da minha idade que são crentes de uma religião – a religião católica.

Comecei a fazer amigos e a acompanhar com eles. Como eles frequentavam a catequese, comecei a ir com eles até à igreja, contra vontade dos meus pais. Inicialmente não permitiam que eu assistisse às aulas de catequese, mas, com o passar do tempo, uma catequista, a Dra. Arminda, começou a convidar-me para assistir às aulas. Eu ia se me apetecia, assistia o tempo que queria, saía quando quisesse.
 Nos primeiros tempos a minha mãe ficou furiosa, mas acabou por se acostumar e até dizia: enquanto estás lá sei onde estás.

Ao fim do primeiro ano (para mim era o primeiro contacto com a religião, mas os meus colegas estavam no sexo ano da catequese), durante o qual assisti a poucas aulas e nem sempre entendia tudo o que me diziam, fui com esse amigos a um passeio da catequese a Fátima. Os meus deram consentimento sem nenhumas reservas. Para mim era divertido e comecei a sentir-me bem.

No ano seguinte pedi aos meus pais para me deixarem entrar para a catequese. A minha mãe fez os possíveis para me desincentivar. O meu pai nunca se preocupou, para ele a igreja e o jardim público mereciam-lhe o mesmo respeito e consideração.
(…)

Apresentei-me então na catequese. Mas, afinal as coisas não funcionavam assim e eu não podia frequentar a catequese da forma que estava habituado, por não ser batizado.

Não desisti. Consegui autorização para continuar a frequentar a catequese e, com ajuda de uma pessoa excepcional, a Sónia, aos 16 anos fui batizado e fiz a Primeira Comunhão. Daí segui o percurso de um cristão igual ao milhões de jovens, passei sentir-me membro da comunidade, um cidadão do mundo, e ser ucraniano ou português não fazia diferença.
(…)

A minha mãe não é batizada mas vai muitas vezes à igreja. O meu pai, o melhor pai do mundo e que só agora aprendeu a ler português, lê muito sobre religião, já foi a Fátima comigo duas vezes e, depois de me perguntar o que dizem as pessoas quando estão na igreja a mexer com os lábios, confessou que tem muito orgulho em ter um filho católico e, “ao contrário da lógica, o filho serve de exemplo para o pai”, disse-me, enquanto mostrou interesse em ser baptizado.
As minhas irmãs já frequentam a catequese, por vontade própria e com autorização dos meus pais. 

Eu sinto-me feliz. Estou no curso que gosto, na faculdade que eu queria, tenho uma família maravilhosa, uma super namorada portuguesa e espero casar-me pela igreja quando a vida o permitir.
(…)
Eu já fui ateu e agora sou crente. Acho que aquilo que vocês dizem não se aplica a todos os ateus. E, algumas das vossas generalizações são injustas para com aqueles que são ateus educados e sérios.

Mas também concordo que, normalmente, as pessoas são ateias por ignorância.  
(…)
Se quiserem publicar este mais façam-no apenas do que está em itálico e sem apelidos.