segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O delírio ateista da seita de Dawkins...

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Num excelente blog - http://neoateismodelirio.wordpress.com – encontramos este magnífico Post que merece a nossa classificação máxima.
Reproduzinos este Post que merece ser lido pausadamente, aqui ou no blog original.
Parabéns ao seu autor!

«Neo-Ateísmo, Um Delírio

Há quem me pergunte sobre qual a motivação por trás de minhas refutações aos neo-ateístas. Então, direi a origem de minha motivação…

Sempre achei uma arrogância excessiva a atitude de alguns ateus que leram “Deus, Um Delírio” e após isso tiveram um salto de fé. Após a auto-ajuda obtida com o livro, eles se acham os “divulgadores da ciência” em um mundo de trevas. E acham que precisam “orientar” os teístas em suas ideologias pessoais. Há vários atributos negativos que podem ser associados a essa atitude torpe desse tipo de ateus, mas uma das mais evidentes é o despeito.

O despeito é o ressentimento, mesclado de inveja, pela preferência dada a outrem. Um exemplo é o ressentimento que os neo-ateus possuem pelo fato de que os teístas optam por acreditar em Deus do que acreditar nas pregações dos filhos de Dawkins. Ressentimento é uma palavra fortíssima nesse contexto. Ressentimento é a força motriz por trás dos neo-ateus.

Mas, como pode ser difícil de visualizar essa situação, nada melhor que trabalhar com exemplos. Usarei 2 exemplos exatamente iguais ao do comportamento neo-ateísta.

Exemplo do casamento: Márcio é um sujeito que preferiu ser solteiro a vida toda, e não encarar um casamento (para esse exemplo funcionar em todos os contextos, Márcio também poderia ter tido um casamento, mas resolveu voltar a ser solteiro). Seu amigo, Júlio, é casado, e extremamente feliz. Júlio nem se incomoda com o fato de Márcio ser solteiro. Júlio pensa: “ele deve saber o que faz”. Já Márcio se incomoda profundamente com o fato de Júlio ser casado, pois acha que isso é errado. Márcio resolve escrever um livro de quatrocentas páginas chamado “Casamento, Um Delírio”. Márcio resolve participar de uma associação de solteiros, e reclama que sofre preconceito dos casados. Pois, para reunião de casais, ele raramente é convidado. Márcio diz que vive em “liberdade”, mas que Júlio vive aprisionado.

Exemplo da profissão: Estevão é um sujeito que optou por ser um profissional autônomo. Resolveu levar a vida toda assim, e não encarar um trabalho CLT. Seu amigo, Ricardo, é profissional CLT, e extremamente feliz. Ricardo nem se incomoda com o fato de Estevão ser autônomo. Ricardo pensa: “ele deve saber o que faz”. Já Estevão se incomoda terrivelmente com o fato de Ricardo ser CLT, pois acha que isso é errado. Estevão encontra um livro “CLT, Um Delírio” e sai pregando sua palavra ao Ricardo. Estevão resolve participar de uma associação de autônomos, e reclama que sofre preconceito dos profissionais CLT. Pois, em associação de profissionais CLT, ele raramente é convidado. Estevão diz que vive em “liberdade”, mas que Ricardo vive aprisionado.

Algumas perguntas:

Como você, se estivesse na posição de Júlio, reagiria ao comportamento de Márcio?
Como você, se estivesse na posição de Ricardo, reagiria ao comportamento de Estevão?
Qual os motivos para Estevão e Márcio se incomodarem tanto com as opções e Júlio e Ricardo?
As três situações (romance, casamento e teísmo) são similares.
A questão que envolve as três é que tanto para se casar, como ser um profissional CLT ou para ser um teísta, é preciso primeiro atribuir um valor para o casamento, para a categoria CLT e para Deus, respectivamente. Nos exemplos acima, mesmo que Márcio não perceba, ele está ofendendo ao Júlio criando espantalhos do casamento. Márcio pode não perceber isso, pois não dá valor algum ao casamento (ou talvez dê valor, mas esteja ressentido). Mas Júlio percebe. Assim como Ricardo deve valorizar o seu cargo como CLT, ele talvez tenha lutado por isso. Estevão pode sequer imaginar que aquilo para o que ele não dá valor, outro dá. Ofender a categoria CLT ou ofender os casamentos é uma péssima forma de tentar ser aceito, não acham?
Mas é exatamente assim que os neo-ateus, influenciados por Dawkins, agem. Eles tentam ofender, utilizando-se de falácias e mentiras, tudo aquilo para o que o teísta dá valor.
Eu, como teísta, ao ver isso, adquiri gostinho especial pelo revide, e, mais, com uma vingança: eu uso as técnicas de ceticismo divulgadas por um ateu, James Randi.
E, para aumentar a minha satisfação, eu ajo de maneira oposta aos neo-ateus em relação ao meu teísmo.

Isso porque alguns neo-ateus querem pregar a sua ideologia, e se incomodam se alguém não for ateu. Eu não estou nem aí se um ateu quer ser ateu. Aliás, eu vejo o teísmo, de maneira séria, como algo que não é para todos. Então, se alguém não quiser ser teísta, qual o motivo para eu me incomodar?
Só isso já me coloca na dianteira, pois em um debate eu não estou envolvido emocionalmente para aceitação de minha ideologia. Acho sensacional quando um ateu chega e pergunta: “Você quer que eu acredite em seu Deus?”, e eu respondo: “Quem disse que você sabe no que acredito? Quem disse que eu me importo com o que você acredita?”.
O grande problema dos neo-ateus é o preconceito que eles carregam, e eu acho que a resposta teísta a isso anda muito boazinha. Em alguns casos, como o de chamar alguém de “irracional” somente por ter religião, a resposta muito bem poderia ser um processo, pois ninguém pode sofrer preconceito por sua religião. Outra resposta é o contra-ataque na argumentação, utilizando-se de armas como ceticismo, domínio do guia de falácias, etc…
Para mim, a melhor situação, em termos de debate, é estar se defendendo de uma falácia, ofensa ou ataque neo-ateísta. Eles, como estão envolvidos emocionalmente, erram muito.
Eles vêm tentar ensinar como devemos interpretar a bíblia, como devemos gerenciar nosso tempo (dizem até que teístas não trabalham e ficam o dia todo na igreja), quais livros deveríamos ler, etc. Claro que dá para revidar fácil qualquer uma dessas, pois aceitar um conselho de neo-ateus seria uma atitude tão ingênua como se o Júlio aceitasse os conselhos de Márcio, ou se Ricardo aceitasse os conselhos do Estevão.
Melhor que eles fiquem com aquele eterno olhar de pidão do lado de fora.»

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