Os argumentos apresentados
pelos ateus, com vista a ligar Hitler ao catolicismo, não só não convencem
ninguém como são patéticos.
Hitler terá frequentado
menos tempo as igrejas do que a quase totalidade dos ateus portugueses da
actualidade.
Foi um grande
estratega e sabia o que devia usar para convencer o povo, incluindo invocar
Deus e as religiões, Nada que qualquer ateu não faça.
Será difícil de ver
uma entrada dos blogues ateus portugueses onde o tema não seja Deus.
Mas, na prática, o
nazismo estava mais próximo do ateísmo do que se imagina.
Em 13 de Outubro de 1933,Rudolf Hess (vice-Führer)
emitiu um decreto declarando que: "Ninguém [no partido nazi] poderá ser
prejudicado ou descriminado pelo facto de não professar qualquer fé particular
ou confissão ou de não praticar ou aceitar quaisquer actos religiosos "
Claro que quem seguisse o inimigo comunismo
seria sentenciado, não por ser ateu mas por estar ligado ao inimigo. Existiram
alguns casos de ateus comunistas a serem sacrificados. Muitos mais foram os que
não eram ateus mas eram simpatizantes do comunismo.
Mas, muito mais marcantemente próximo do ateísmo
está um documento apresentado por um autor austríaco, no qual Hitler assume
querer substituir as religiões por uma fantochada, por cópia ridícula das
práticas socialmente aceites.
É exactamente isso que se passa quando se lê
que os ateus querem imitar as práticas religiosas de uma forma que deixa
transparecer a falta de formação (e educação social e cívica) e os distúrbios
que caracterizam o ateísmo. Não bastavam as “procissões ateias” e o “baptismo
ateu”, deparamo-nos agora com o “casamento ateu”.
Isto demonstra um perturbação grave, seja neurológica
seja comportamental, dos ateus.
No fundo, isto não é mais do que uma cópia da ideia de
Hitler, contida num documento assinado pelo Führer em 1943 e apresentado em
1985 pelo autor austríaco Wilfried Daim, Neste documento estão registadas as
intenções nazis, no campo religioso (ou ateu), após a Guerra.
Excerto
desse documento:
"Immediate and unconditional
abolition of all religions after the final victory ('Endsieg') not only for the territory
of Greater Germany but also for all released, occupied and annexed countries
..., proclaiming at the same time Hitler as the new messiah. Out of political
considerations the Muslim, Buddhist and Shintoist religion will be spared for
the present. The 'Führer' has to be presented as an intermediate between a
redeemer and a liberator, yet surely as one sent by God, who has to get godly
honour. The existing churches, chapels, temples and cult places of the
different religions have to be changed into 'Adolf-Hitler-consecration places'.
The theological faculties of the universities have to be transformed into the
new faith. Special emphasis has to be laid on the education of missionaries and
wandering preachers, who have to proclaim the teaching in Greater Germany and
in the rest of the world and have to form religious bodies, which can be used
as centers for further extension. (With this the problems with the abolition of
monogamy will disappear, because polygamy can be included into the new teaching
as one of the statements of faith.)"
[Wilfried Daim:
"Der Mann, der Hitler die Ideen Gab" (Wien: Böhlau Verlag, 1985), pp.
216-218, 299]
Tradução livre:
" A
abolição imediata e incondicional de todas as religiões após a vitória final ('Endsieg'),
não só para o
território da Grande Alemanha, mas também para todos os países libertados,
ocupados e anexados ..., anunciando, ao mesmo tempo, Hitler como o novo
messias. Fora das considerações políticas a religião muçulmana, budista e
xintoísta serão poupadas. O 'Führer' tem de ser apresentado como sendo um
intermédio entre redentor e libertador, seguramente como um enviado por Deus,
que tem que gozar da honra divina. As igrejas existentes, capelas, templos e
lugares de culto das diferentes religiões têm que ser mudadas para ‘Locais de
consagração de Adolf Hitler '. As faculdades de teologia das universidades têm
que ser transformadas para nova fé. Deve ser dado especial ênfase à educação
dos missionários e pregadores errantes que devem proclamar o ensino na Grande
Alemanha e no resto do mundo e tem que formar grupos religiosos, os quais podem
ser utilizados como centros de propagação da fé. (Com isto desaparecerão problemas
com a abolição da monogamia, porque a poligamia pode ser incluída no novo
ensinamento como um dos princípios da fé.)
“
Parece que R Dawkins também reconhece alguma validade nas
atitudes do Führer.
Venha algum crápula dizer que Hitler era um fervoroso católico…