A Igreja católica (e as religiões em geral) tinha toda a razão
para combater o flagelo do comunismo ateu.
Nenhuma outra ideologia totalitária e opressora foi tão hostil
para as religiões. Combater o comunismo era uma questão de sobrevivência da
igreja e dos crentes.
O historiador Thomas Woods* explica que, na Rússia "tornaram um crime
envolver-se em educação religiosa para qualquer menor de dezoito anos. [...]
Estabeleceram, fomentaram e encorajaram propagandas ateístas. Em alguns
casos, Igrejas foram substituídas por banheiros públicos, como forma de se
mostrar o maior desdém possível pela fé cristã das pessoas". Ele argumenta
que no começo de 1920, o governo começa uma campanha que visa tomar das Igrejas
tudo que fosse de valor, como metais preciosos. Alegou-se que era preciso
derreter esses objectos para que se conseguisse dinheiro para combater a fome
que o país sofria.
Bento XV, que foi Papa de 1914 a 1922, chegou a fazer uma oferta ao governo russo: ele disse que o Vaticano daria uma quantidade de dinheiro equivalente àqueles objectos, desde que eles fossem deixados em paz. Ele nunca obteve uma resposta"
Igrejas foram vandalizadas e
padres foram condenados e executados por simplesmente realizarem funções
sacerdotais quotidianas. Um padre foi
condenado pelo crime de "cair ostensivamente sobre seus joelhos".
O historiador Richard Pipes diz que a Rússia "foi o primeiro país da Terra
a ilegalizar a lei". A condição para que alguém pudesse ser um juiz era
que essa pessoa fosse simplesmente alfabetizada. "Os primeiros julgamentos
públicos ocorreram sob o governo de Lenin, quando padres foram postos sob
julgamento por terem defendido suas propriedades ou por terem realizado as mais
simples e benignas funções sacerdotais.
Quarenta e quatro museus antirreligiosos foram abertos na União Soviética. O maior deles era o Museu da História da Religião e Ateísmo (The Museum of the History of Religion and Atheism) na Catedral Kazan, em Leningrado.
Entre 1927 a 1940, sob Stalin,
o número de Igrejas Ortodoxas caiu de 29,584 para menos de 500. Entre 1917 e
1935, 130,000 padres ortodoxos foram presos. Desses, 95,000 foram executados. A destruição da Catedral de Cristo, o
Salvador foi filmada a pedido do governo, por Vladislav Mikosha.
A Igreja Católica ucraniana tinha 2.772 paróquias, 8 Bispos, 4.119 igrejas e capelas, 142 mosteiros e conventos, 2.628 sacerdotes, 164 monges, 773 freiras e 4 milhões de fiéis leigos. Ao fim da mais ampla supressão de fiéis religiosos da história mundial, o conjunto inteiro tinha sido reduzido à zero.
Nota: No cartaz pode ler-se: "Religião é veneno:
proteja suas crianças". O letreiro do lado direito (letras brancas sobre
fundo vermelho) diz: “Escola”.
* - (Thomas
E. Woods, The Anti-Catholic Atrocities that History Forgot, em The
Catholic Church: Builder of Civilization)